sexta-feira, 17 de março de 2017

Transformação digital (e não só) ao serviço da formação de novos líderes

Esta semana, participei num evento onde abordava esta Temática - Acelarar a Transformação digital, VISTA no ambito de players mercado digital, e de infraestrutura.
 
Participaram, neste evento organizado pela ARROW, as empresas convidades: NETAPP, VMWARE, FORTINET e EATON, e convidado especial IDC, e ambos estão em sintonia em relação a esta tematica, mas aqui vou transcrever do protal da Liderança, uma outra visão que se enfoca no conceito visto de forma abrangente na formação de novos líderes.
Transcrição:As organizações enfrentam dois grandes desafios no que diz respeito à próxima geração: como reter estes talentos e como os formar para serem os novos líderes.
A realidade virtual e a gamificação são duas vias a explorar.
Teresa Santos
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” é uma expressão com a qual cresci e que continua a ser atual. Nascem novas gerações com características e vontades diferentes das suas antecessoras e mantém-se o desafio de preparar novos líderes.
Sendo cinéfila, gostava de partilhar um filme que me inspirou: “Invictus”, que conta a história de Nelson Mandela, eleito presidente da África do Sul em 1994. Reconhecendo a África do Sul como um país racista e dividido, efeitos do apartheid, Mandela aproveitou a proximidade do Campeonato do Mundo de Rugby, que se realizava no país pela primeira vez, para unir a população. O presidente convidou o capitão da equipa sul-africana para uma reunião e incentivou-o a acreditar que podiam ser campeões mundiais. É um filme que mostra um líder com visão, que lidera pelo exemplo, e onde os valores morais, que se regem por princípios universais, são os fatores determinantes para a mobilização das pessoas e a conquista de objetivos. 
Muito se tem escrito sobre os Millennials, a próxima geração de líderes, com diferentes característicasdas gerações anteriores. Lideranças mais hierarquizadas, em que alguém dita ordens de um gabinete, já não fazem sentido (se é que alguma vez fizeram), e com os Millennials, garantidamente, “não pegam”. Esta geração cresceu num mundo em que se respira tecnologia e estar online é algo natural. Procuram um feedback regular, uma progressão rápida na carreira, poder discutir estratégias e ideias, ter flexibilidade em relação ao local a partir do qual trabalham e encontrar um maior equilíbrio entre vida profissional e os projetos pessoais. Deste modo, colocam-se dois grandes desafios às organizações: como reter estes talentos e como formá-los para serem os novos líderes.
Analisando as tendências tecnológicas na aprendizagem, área em que trabalho há mais de duas décadas, há duas que considero que devem ser exploradas para a formação de novos líderes: realidade virtual e gamificação.
A realidade virtual permite-nos criar cenários imersivos que reproduzem situações reais mas em ambiente simulado. Imaginem um cenário de incêndio. O líder, à medida que vai tomando as suas decisões, vai vivendo as consequências das mesmas, tal como um empreendedor que acabou de criar a sua empresa e lida com os desafios de fazer vingar os seus produtos e/ou serviços num mercado globalizado e precisa de motivar a equipa. Numa experiência assim, podemos introduzir a figura do formador com um papel de facilitador no processo de aprendizagem, simulando role plays, em que outros líderes são preparados ao mesmo tempo, e há uma dinâmica coletiva, vivendo a mesma experiência e tomando decisões em simultâneo.
A gamificação da experiência de liderança num contexto real é outra abordagem. Por exemplo, definindo uma missão para cumprir no período de um ano com objetivos bem identificados; com a ajuda de uma equipa de personas, com características distintas para ajudar a trabalhar as skills do líder e premiando-o ao atingir objetivos; com sessões de coaching individualizado, acesso a mais conhecimento sobre temas de liderança, ou acesso a novos desafios.
Ou seja, o que defendo é trazer as dinâmicas de jogo com indicadores reais para premiar e motivar o desempenho de sucesso e para criar poderes no sentido de ajudar a resolver as situações de maior adversidade.

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