sábado, 30 de setembro de 2017

Os 4 atributos que os melhores líderes fazem questão de aprimorar!!!

Trata-se de quatro características que têm em comum o facto de se focarem nos outros em vez de no líder. E, embora ter enfoque nos outros não seja uma competência dita tradicional, é uma aptidão que só que encontra nos melhores líderes.
Os bons líderes têm de ser excelentes comunicadores; ter uma visão clara; ser persuasores poderosos; ter instintos de negócios sólidos; ter um caráter e integridade inabaláveis; manter uma compreensão crítica do mercado competitivo; ser pensadores estratégicos; ter a capacidade de tomada de decisões de peritos… bem como uma dezena de outros traços. Mas há pelo menos quatro atributos que os grandes líderes parecem esforçar-se por aperfeiçoar de forma contínua.
1. Descobrir o que não sabem
As únicas duas certezas no mundo dos negócios são a mudança e a incerteza. No sentido de melhorar a capacidade de adaptação a estas duas realidades, os melhores executivos, empresários e CEO com os quais trabalhei esforçam-se sempre por melhorar a sua compreensão, conhecimento e pensamento. Apesar das exigências implacáveis ​​no que diz respeito ao seu tempo e atenção, cada um deles faz da aprendizagem e desenvolvimento pessoal suas prioridades. Todos eles procuram saber mais – quer seja através da participação em grupos, em programas de formação para executivos, sessões de coaching profissional, ou ampliando as suas fronteiras através da leitura voraz.
2. Determinar se estão errados
Já deve ter tido contacto com um chefe ou líder que sabia tudo – aqueles indivíduos paternalistas que silenciam o debate e a discussão porque eles é que sabem – por outras palavras, acreditam que nunca estão errados. No entanto, quem pensa que nunca está errado está muitas vezes enganado nesta forma de pensar. Os melhores líderes entendem que não há monopólio em termos de ideias ou de grandes pensadores. E sabem que as equipas tomam melhores decisões que qualquer indivíduo. Os grandes líderes com quem trabalhei procuram todos testar a sua forma de pensar, soluções e ideias através do relacionamento com as suas equipas. Vendo em retrospetiva, os resultados e decisões coletivos são melhores que as trajetórias mapeadas a partir de uma única pessoa.
3. Capacitar os seus para que sejam heróis
Pegando no último ponto, os melhores líderes sabem que não podem agir sozinhos. Eles não tentam ser “o” herói. Recorrendo a uma analogia com base na “Guerra das Estrelas”: os líderes mais eficazes não se esforçam para ser o Luke Skywalker – eles esforçam-se para ser o Yoda, que em seguida capacita os subordinados para serem o herói ou o jovem Skywalker.
4. Valorizar as suas equipas
Por último, os grandes líderes esforçam-se para aumentar, reforçar e transmitir o valor das suas pessoas. A sua organização nunca vai atingir o seu potencial sem uma base de funcionários altamente competentes, qualificados e valorizados. A propriedade intelectual da sua empresa, a base de clientes, os contratos de exclusividade ou a área financeira não vão durar nas mãos de trabalhadores incompetentes, não qualificados e subvalorizados.
Cada um destes atributos é intangível, porque são processos em curso, em vez de uma “hard skill” bem definida. No entanto, o que unifica estas características é o facto de cada uma delas se focar nos outros em vez de no líder em si. E, embora ter um enfoque nos outros não seja uma competência dita tradicional, é uma competência que só se encontra nos melhores líderes.

sábado, 23 de setembro de 2017

Foge de ter reuniões para debater temas delicados?

Foge de ter reuniões para debater temas delicados? – Não pode. A solução é ter alguns cuidados, antes e durante as conversas difíceis.
É uma das coisas mais difíceis que terá de fazer enquanto líder/responsável por uma equipa: ter uma conversa de natureza sensível com um colega/colaborador, ou até com um superior hirárquico. No entanto não importa o quão desconfortável ou desenquadrado se sinta neste tipo de situações: não as pode evitar. Em algum ponto na sua carreira vai ter de se reunir com um funcionário, colega ou chefe para debater um assunto suscetível, quer seja sobre o desempenho no trabalho, questões de Recursos Humanos, ou outro tema, e que os vai deixar pouco à vontade. Assim, e para que a sua próxima conversa do género corra da melhor forma, apresentamos algumas dicas úteis sobre como abordar situações/reuniões internas complicadas.
Ter um objetivo claro
Antes de agendar a reunião ou conversa, há que ter em conta os objetivos. O que quer abordar? O que espera ganhar ao ter a conversa? Saber o porquê por detrás da reunião irá guiá-lo em direção a uma solução. Se não tiver uma noção clara do resultado pretendido, a discussão não será produtiva ou útil, tanto para si como para o seu interlocutor.
Marcar a reunião
Sabe que precisa de ter uma conversa difícil. O mais provável é o seu funcionário/colega ou superior hierárquico também saber o que está para vir. Ainda assim, é importante que a outra pessoa não seja apanhada de surpresa. Se bem que tal pode levá-la a levantar de imediato as defesas, o que vai dificultar o diálogo. No entanto convém marcar a reunião com antecedência. Mantenha os detalhes a um mínimo, mas deixe claro que vai haver reunião, dando-lhe tempo para digerir o que vai acontecer, de forma a não se sentir “apanhada na curva”.
Avançar de modo resoluto
Iniciar conversas difíceis é talvez uma das partes mais complicadas. Comece de forma resoluta, forte, abordando de imediato a questão. Quanto mais direto for na reunião, menos tensão haverá entre si e o visado.
Perguntar, em vez de acusar
Uma vez apresentada a sua preocupação, peça à outra pessoa que lhe conte o lado dela da questão. Isto dá a oportunidade de ter algo a dizer, o que derruba as defesas que ela ainda possa ter erguidas. À medida que a conversa for avançando, mantenha esta abordagem não-acusadora.
Manter as emoções ao largo
As conversas difíceis podem escalar e sair rapidamente do controlo. Os visados podem chorar, reagir de modo ríspido e com frustração, ou então ficar em silêncio como uma forma de reação de revolta face ao que está a acontecer. Isto porque as emoções estão à flor da pele e ambas as partes estão nervosas. No sentido de reduzir a tensão inevitável, concentre-se em restringir os argumentos emocionais a um mínimo. Se a pessoa reagir de forma acusadora, não vá atrás, não atue da mesma forma. Aceite os momentos de pausas constrangedoras ficando em silêncio em vez de tentar preencher o vazio com palavras potencialmente emotivas. Quanto mais tentar manter as emoções de fora da conversa melhor a reunião irá correr.
Dar (ser) o exemplo
Quando estiver a preparar-se para ter a reunião, lembre-se de que, enquanto responsável/líder, é quem está ao leme da conversa. Dê o exemplo de como quer que a reunião prossiga, falando com o colaborador da maneira que espera que ele se dirija a si. Isto irá definir de imediato o tom para a reunião, que começa com o pé direito.
Portal da Liderança 

sábado, 9 de setembro de 2017

Sabe quem são os ladrões do seu tempo?

Um dos maiores erros que os vendedores cometem na sua atividade profissional é a distração. À semelhança de muitas outras áreas, na verdade.
Mas já pensou porquê? Sabe quem são os ladrões do seu tempo?
Para lhe dar uma noção da gravidade e do rigor que este fenómeno tem, li há 7/ 8 anos num estudo no Jornal o “Público” um artigo, penso que da PricewaterhouseCoopers, sobre o número de horas que as pessoas realmente trabalham, que são de facto produtivas. E os números eram preocupantes na Europa do Sul!
O nível de produtividade, de tempo real dedicado às tarefas que têm a ver com as nossas funções, estimava-se que fosse de 3h57min. Ou seja, em média, se cumprirmos um horário de 8 horas, significa que passávamos 4h03min distraídos. E todos nós tendemos a distrair-nos. E os vendedores, até pela natureza da sua função, são pessoas que recebem muitos estímulos com o potencial de distrair e, por essa razão, acabam por ser muito mais vulneráveis a este fenómeno.
Mas porque é que tendemos a distrair-nos?
Porque é mais fácil ser reativo do que proativo. É mais fácil reagir aos estímulos que vamos recebendo durante o dia e irmos desviando-nos dos nossos objetivos.
Por onde passa a solução para evitar distrações? E quais são as regras para ser mais produtivo?
Na minha opinião são duas as regras da produtividade:
Primeira regra da produtividade: a nossa capacidade de ter em permanência duas listas connosco:
  • A primeira lista é a lista das tarefas das coisas que eu tenho de assegurar diariamente: indicações claras do que tenho de conseguir realizar diariamente: nr de contactos, número de vendas, reuniões, dos valores de transação, etc. Tudo o que tenho de saber que o meu dia de trabalho não pode terminar até ter completado todas essas tarefas.
  • A segunda lista é a lista das coisas que me estão a distrair: aquilo que chamo de ladrões de tempo. Arranjar momentos para atender chamadas e devolver chamadas, arranjar momentos para responder a emails e identificar tudo o que me faz perder tempo e tornar essas coisas secundárias, se elas me distraem. Não deixar que essas coisas nos distraiam todos os dias.
Segunda regra da produtividade: saber priorizar. Saber o que vou fazer antes e o que vou fazer depois. Saber distinguir o que é importante do que é urgente. Fazer primeiro o que é importante e deixar para depois o que é urgente. Porque se deixo que as urgências se sobreponham ao que é importante, vou levar o meu dia a apagar fogos e deixando tudo o que é importante para trás.
Se imaginar 4 quadrantes como identificava Stephen Covey, o autor do livro “First Things First”, um livro sobre priorização, ele dizia que temos um quadrante que é o das coisas mais importantes de todas. E essas coisas não sao urgentes.
Quais são as coisas mais importantes de todas?
Pensar, que está no primeiro quadrante, é a coisa mais importante de todas. O trabalho de pensar é o trabalho de definir objetivos, de planear para atingir esses objetivos, de decompor em tarefas para que esse objetivo seja atingido. O trabalho de pensar também é um trabalho estratégico, é o trabalho de analisar a minha concorrência, de definir o meu nicho de mercado e de desenhar a minha proposta de valor, de definir objetivos de curto, médio e longo prazo, de pensar em várias formas de gerar contactos novos para a minha carteira comercial, de pensar em táticas para aumentar o número de transações que faço com cada cliente, de pensar em ideias para aumentar a taxa de conversão, aumentar o valor médio de cada venda que faço.
O trabalho de definir tarefas também se engloba neste quadrante, assim como o trabalho de monitorizar, de avaliar, analisar o que estou a fazer, se estou alinhado com os objetivos, de medir todos os indicadores da nossa atividade. Depois temos o trabalho de afinar, preparar a nossa agenda, analisar o que aconteceu no final do dia. Estamos a falar de 10/15min diários e este é o trabalho mais importante de todos. Portanto, coloque isso como a primeira coisa para fazer de manhã!
O segundo quadrante é o quadrante operacional: quando um vendedor vai estar focado nas tarefas que tem de fazer: referências, contactos, posicionamento, todas as suas funções operacionais. Coisas importantes e urgentes.
O terceiro quadrante é o das coisas que são urgentes mas não são importantes: uma reclamação, um email, uma entrega que não correu bem… não são críticas do crescimento da nossa atividade, mas alguém terá de tratar delas. Mas deixe-as para o fim! Senão vai acabar por não ter tempo para tratar do importante.
Onde não se pode de todo focar é nas coisas que não são nem importantes nem urgentes: as do quarto quadrante! Responder a um comentário de um amigo no facebook, consultar para fazer um post sobre uma a nossa vida pessoal, perder tempo a dispensar numa conversa com um cliente, ir beber café, fumar um cigarro, etc.
Qual é o truque então para não perder o foco e para evitar que os ladrões do tempo o abordem? Identificá-los (antes de mais) e depois começar pelo quadrante número 1, seguindo para o 2, 3 e deixar o 4 para o final ou esquecê-lo de todo! Começar pelas coisas mais importantes.
Assegurar-se que está a passar o seu tempo concentrado nas tarefas absolutamente críticas, porque estar distraído é fácil. Mas fazer a lista das coisas que tem de assegurar diariamente, priorizar as suas tarefas e concretizá-las da mais importante para a mais urgente, deixando de lado as que não são nem uma coisa nem outra, é de facto a melhor forma de não deixar os ladrões do seu tempo apoderarem-se do seu dia.
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Excelente texto, publicado por Paulo de Vilhena