quinta-feira, 13 de junho de 2019

O que é o Padel?

Meu novo desporto, pois a idade vai pedindo novas ambições fisicas ;)

O Padel é um desporto de raquete, jogado a pares e utilizando raquetes e bolas próprias. O campo é rectangular, totalmente fechado, tem 10 metros de largura por 20 de comprimento e uma rede no meio. Nos topos e em parte das laterais tem uma superfície em vidro ou em alvenaria. A superfície do campo pode ser em relva sintética, alcatifa ou betão poroso. As duas primeiras são as mais habituais.


Na vizinha Espanha, o grande motor de desenvolvimento da modalidade, estima-se que existam mais de 4 milhões de praticantes, não existindo, apesar da crise, sinais de abrandamento. Em Portugal, depois de um início algo discreto, o crescimento nos últimos anos tem sido significativo existindo cerca de 80.000 praticantes, 7000 jogadores e perto de 400 campos espalhados por todo o país.

Principais vantagens do Padel

É difícil encontrar um desporto de equipa que tenha tantos adeptos de ambos os sexos e com uma abrangência etária tão grande (dos 5/6 anos aos 80). Esta é uma das características mais interessantes do desporto, que muitas vezes é jogado em família. A facilidade de aprendizagem é outra das vantagens, sendo possível trocar bolas e disputar pontos desde a primeira experiência. Com o apoio de monitores especializados e jogando com alguma frequência (idealmente duas vezes por semana) pode evoluir-se bastante e num curto espaço de tempo. É um desporto divertido, com muitas trocas de bolas e, por ser jogado a pares, social.

O facto de ser fácil de aprender e poder ser jogado por mulheres e homens de todas as idades não quer dizer que o Padel seja um desporto limitado, quer em termos estratégicos, quer em termos físicos. Num nível competitivo, o Padel é tão exigente fisicamente como outros desportos de raquete e tem uma grande complexidade táctica e estratégica. Para último é importante realçar que a principal razão para o sucesso do Padel é o facto de ser altamente “viciante”. A taxa de retenção dos first timers, ou seja, a percentagem de jogadores que continua a jogar depois da primeira vez é muito alta, superando provavelmente os 80 a 90%.

O que é necessário para começar jogar?

Para começar é preciso ter raquete, bolas, equipamento normal para desporto, um parceiro e uma dupla adversária. A raquete e as bolas podem ser compradas numa loja especializada, numa grande superfície ou numa loja online. Os preços das raquetes oscilam entre os 20 e os 300 Euros. Uma lata de 3 bolas custa cerca de 4 euros e o aluguer do campo cerca de 20 Euros/hora. Depois é preciso escolher um dos campos que existam na tua zona.

De acordo com os dados da FPP existem cerca de 400 campos em Portugal. Na grande Lisboa e no grande Porto situam-se a maioria dos campos embora estejam espalhados por todo o país.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Ética e responsabilidade empresarial

Um pouco por todo o mundo está patente uma crise de confiança nas instituições. O cinismo e o desconforto com o funcionamento das instituições generalizam-se, e são alimentados por experiências continuadas de corrupção, descredibilização dos partidos políticos e outros défices de desempenho institucional.
Também em Portugal vão surgindo novas revelações, acusações e suspeitas, que enchem as primeiras páginas dos jornais.
Há pouco tempo, ouvia a antiga Procuradora-Geral da República dizer que “há uma normalização de um determinado tipo de comportamentos e práticas que vão contra a transparência e que põem em causa o funcionamento do Estado de direito.”
Nos últimos dias, espalhou-se rapidamente nas redes sociais a notícia de um estudo que, supostamente, colocaria Portugal “em quinto lugar dos países mais corruptos em todo o mundo”.
Trata-se, evidentemente, de mais um exemplo de manipulação enganosa de informação, de uma “fake new”, como agora se costuma dizer. Contudo, a velocidade a que se propagou esta mensagem por milhares de cidadãos não deixa de ser preocupante e reveladora de um ambiente de desconfiança nas instituições, que parece alastrar.
Neste ambiente, facilmente as empresas são vistas como parte do sistema, abrindo-se o caminho a uma maior projeção de alguns setores da sociedade portuguesa que persistem em difundir antagonismos e preconceitos contra os empresários.
A confiança nas instituições tem de ser restaurada, sob o risco de cairmos em situações de rutura que destruam os fundamentos dos sistemas políticos e económicos em que continuamos a acreditar e as causas que defendemos.
Por isso, é grande a responsabilidade dos empresários na restauração de um clima de confiança, não só nos mercados, mas em geral no tecido social em que vivemos.
A primeira responsabilidade do empresário é assegurar a competitividade da sua empresa, porque a liderança empresarial só será responsável se tiver como primeiro objetivo garantir, numa perspetiva de sustentabilidade, a sua perenidade e a subsistência dos seus postos de trabalho.
Só através do sucesso e dos resultados gerados as empresas poderão contribuir de forma determinante para a criação de valor e de emprego, e é esse o principal papel que lhes compete desempenhar na sociedade.
Mas a responsabilidade dos empresários não tem apenas uma faceta meramente económica. Não é só um compromisso para com a sua própria empresa e os seus trabalhadores. É, acima de tudo, um compromisso para com a sociedade em que exerce a sua atividade, que deve ser assumido e valorizado.
E a face mais visível dessa responsabilidade passa, naturalmente, por adotar práticas socialmente responsáveis, entre as quais destaco a assunção de princípios de ética empresarial, como referencial de conduta no mundo dos negócios. Ética que começa pelo respeito pela lei e pelos compromissos que estão na base de toda a relação empresarial.
Passa também por assumir uma atitude de cidadania ativa, individualmente e através de um associativismo empresarial forte e coeso.
Esta é uma responsabilidade que cabe aos empresários, reforçando a sua capacidade de intervenção na sociedade e o seu prestígio como atores do desenvolvimento económico.
 
Tem sido este o meu combate. Tem sido este o combate de muitos empresários que partilham as mesmas causas.
Acredito que é um combate em que vale a pena perseverar, contra ventos e marés.