sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Os 10 piores hábitos que os funcionários apontam aos líderes

O líder não tratar os colaboradores com consideração e respeito já é mau o suficiente. Mas há algo ainda pior – a liderança inconstante.
Pense no superior hierárquico com o qual menos gostou de trabalhar – é provável que tivesse um mau hábito (ou mais) que fez com que tivesse dificuldade em lidar diretamente com ele/a. Mas há ainda pior do que qualquer má atitude de que nos lembremos, de acordo com pesquisa recente – a inconsistência, ou seja, os líderes imprevisíveis.
Num estudo realizado em 2015 a Harris Interactive pediu aos participantes que revelassem coisas que os patrões tivessem feito que os tenham levado à loucura – e assim se reuniram nove tipos de mau comportamento por parte das chefias. Mas um estudo recente deparou com um tipo de comportamento ainda pior – e é algo que os funcionários nem sequer identificam por si próprios. Primeiro, vamos ao top 9 das más atitudes de que os trabalhadores se queixam na pesquisa Harris. Em seguida passamos para o mau hábito mais surpreendente que um superior hierárquico pode exibir.
1.º Não pergunta sobre a minha vida fora do trabalho (23%)
Este tipo de comportamento sugere uma falha em reconhecer que os funcionários são realmente pessoas – em vez de apenas nomes no organigrama.
2.º Não fala comigo por telefone (ou pessoalmente) (34%)
O que sugere uma falta de interesse ou de flexibilidade.
3.º Não sabe o meu nome (36%)
Este é quase autoexplicativo, reflete uma falta de cuidado/atenção.
4.º Não faz uma crítica construtiva (39%)
Aqui pode significar tanto falta de feedback como falta de tato ao dar feedback negativo ou neutro.
5.º Fica com o crédito das ideias dos outros (47%)
O mau hábito sugere completa falta de liderança e ética ou incapacidade de comunicar de forma eficaz.
6.º Recusa falar com os subordinados (51%)
Comportamento que revela arrogância, e potencial desorganização.
7.º Não tem tempo para se encontrar com os colaboradores (52%)
Indica falta de cuidado, incapacidade de comunicar bem.
8.º Não dá indicações claras (57%)
Sugere falta de competências de comunicação ou falta de visão.
9.º Não reconhece as realizações dos trabalhadores (63%)
O mau comportamento aqui é óbvio – ninguém gosta de ser desvalorizado.
Estes maus hábitos fazem todos sentido, mesmo que alguns sejam um pouco semelhantes. Mas há outro comportamento que um estudo mais recente denota – e que os inquiridos da primeira pesquisa nem sequer identificam; é um tipo de atitude que só se tornou evidente quando investigadores independentes observaram esses mesmos respondentes e perceberam o que se passava. E que é: “o meu chefe é inconsistente”.
Se é para se ser mau, que o seja de forma consistente
Os funcionários sofrem um maior impacto negativo no seu bem-estar e na produtividade quando o mau comportamento do chefe é inconstante, por oposição a uma má atitude consistente. “Seria de pensar que quanto maior equidade, melhor. Mas não é bem assim. É melhor que os supervisores sejam sempre maus, de forma consistente, do que serem justos às vezes e injustos noutras. As pessoas querem saber o que podem esperar quando vão trabalhar”, refere Fadel Matta, investigador principal do estudo da Universidade de Michigan, ao jornal "The Washington Post".
A pesquisa foi dividida em duas fases. A primeira consistiu numa experiência em laboratório, em que estudantes universitários foram ligados a monitores cardíacos e orientados para executar uma tarefa cognitiva (estimarem o preço das ações de uma empresa hipotética). Um terço dos estudantes recebeu feedback positivo. A outro terço foi dito que estavam a ter um fraco desempenho (com frases negativas como “tudo o que posso dizer é que desejava trabalhar com outra pessoa” ou “é chato trabalhar com uma pessoa desmotivada”). Outro terço obteve uma mistura dos dois tipos de reação – algum reforço positivo combinado com feedback negativo. Os que receberam retorno positivo tiveram melhores resultados; mas não foram os que tiveram feedback negativo que tiveram pior desempenho – foram aqueles que receberam as mensagens contraditórias.
Ao menos deixe-me saber o que esperar
Em separado, cerca de 100 trabalhadores e os seus chefes foram convidados a preencher inquéritos ao longo de três semanas. Os funcionários foram testados quanto à sua perceção de justiça, e as chefias em relação à sua capacidade de manter o autocontrolo. “Mais uma vez”, de acordo com o Post, “os colaboradores com os líderes imprevisíveis eram mais propensos a ser stressados, insatisfeitos com os seus empregos e emocionalmente exaustos que aqueles que disseram que foram sempre tratados de forma injusta”.
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