sexta-feira, 31 de março de 2017

É um líder acesivél? A sua equipe pode contar consigo?

Numa economia em que os relacionamentos desempenham um papel cada vez mais preponderante, a confiança surge como a principal moeda de troca. Enquanto líder, depende de si definir o valor desta moeda na sua organização e levar a cabo a árdua tarefa que é construir a sua reserva de confiança. 
Um dos desafios que os líderes enfrentam é o facto de, para muitas pessoas, a criação de confiança se enquadrar nas soft skills difíceis de avaliar de forma clara e pragmática. Uma coisa é saber que a confiança é forte porque a sente, mas o que pode realmente fazer para a potenciar?
Ter confiança começa com a compreensão de que, embora a confiança possa manifestar-se como um sentimento, se baseia nas avaliações que vai fazendo – e que os outros vão fazendo – ao longo do tempo, de forma consciente ou inconscientemente. A chave é ser claro no que se suporta para fazer uma avaliação honesta de se é digno de confiança, e identificar o que precisa de trabalhar a fim de aumentar a confiança depositada em si. Ou seja:
Está a ser autêntico?
Se quer aumentar a confiança tem de se certificar que as suas crenças e atitudes estão alinhadas com suas ações.
Os seus colaboradores vão interpretar as inconsistências entre o que diz e o que faz como uma falta de sinceridade e de autenticidade, mesmo quando não conseguem perceber por que há uma incongruência. Quando as pessoas sentem que não está a ser autêntico, a confiança que depositam em si é minada. Por outro lado, a autenticidade fortalece a confiança porque passa a mensagem de que se importa o suficiente para ser honesto consigo mesmo, além de que está a relacionar-se com os outros de forma autêntica.
Lembre-se desta frase de Theodore Roosevelt: “as pessoas não se importam com o quanto você sabe até saberem o quanto você se importa com elas”. Ser autêntico demonstra que se preocupa, característica fundamental para a construção de confiança enquanto líder eficaz.
Pergunte a si mesmo:
1. Digo às pessoas o que realmente penso ou o que penso que elas querem ouvir?
2. Reconheço realmente a minha equipa e o trabalho que faz? Expresso esse reconhecimento com frequência e sinceridade?
3. Dedico tempo a explicar a visão e os objetivos junto dos meus colaboradores de uma maneira que demonstra o seu valor e o quanto significam para mim? Converso com eles no sentido de os ajudar a fazerem o mesmo por si próprios?
É honesto quanto às suas capacidades?
Os melhores líderes são claros sobre o que sabem e o que não sabem, e têm noção daquilo em que são bons vs. as áreas em que precisam de confiar noutras pessoas. A prova de que está a ser honesto quanto às suas capacidades dá-se quando pede ajuda e refere o tipo de apoio de que precisa para cumprir os seus objetivos.
Pergunte a si mesmo:
1. Procuro conselhos cedo e com frequência?
2. Sou sincero quando não sei a resposta?
3. Congratulo de forma aberta aqueles que contribuem para o nosso sucesso?
Age com integridade de forma consistente?
As pessoas observam os seus líderes com muita atenção. Reparam se a liderança mantém os seus compromissos com os outros e, sobretudo, com ela própria. As suas ações, e não as palavras, vão transmitir as suas prioridades tanto em relação aos colaboradores como aos compromissos.
Pergunte a si mesmo:
1. Estou a fazer o que tenho apregoado?
2. Cumpro os meus compromissos de forma consistente – e assumo a responsabilidade quando não o faço?
3. As minhas ações e o que exijo aos meus colaboradores transmitem as prioridades que estabeleci para mim e para a minha equipa?
No final, a questão que se deve colocar é: em que posso trabalhar no sentido de melhorar a confiança que inspiro nos outros enquanto líder?

Para ter melhor perceção, e quais os aspetos que pode aprimorar, experimente fazer o survey “
Inspira confiança nos outros?”.
 
Fonte: HalogenSoftware 


sexta-feira, 17 de março de 2017

Transformação digital (e não só) ao serviço da formação de novos líderes

Esta semana, participei num evento onde abordava esta Temática - Acelarar a Transformação digital, VISTA no ambito de players mercado digital, e de infraestrutura.
 
Participaram, neste evento organizado pela ARROW, as empresas convidades: NETAPP, VMWARE, FORTINET e EATON, e convidado especial IDC, e ambos estão em sintonia em relação a esta tematica, mas aqui vou transcrever do protal da Liderança, uma outra visão que se enfoca no conceito visto de forma abrangente na formação de novos líderes.
Transcrição:As organizações enfrentam dois grandes desafios no que diz respeito à próxima geração: como reter estes talentos e como os formar para serem os novos líderes.
A realidade virtual e a gamificação são duas vias a explorar.
Teresa Santos
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” é uma expressão com a qual cresci e que continua a ser atual. Nascem novas gerações com características e vontades diferentes das suas antecessoras e mantém-se o desafio de preparar novos líderes.
Sendo cinéfila, gostava de partilhar um filme que me inspirou: “Invictus”, que conta a história de Nelson Mandela, eleito presidente da África do Sul em 1994. Reconhecendo a África do Sul como um país racista e dividido, efeitos do apartheid, Mandela aproveitou a proximidade do Campeonato do Mundo de Rugby, que se realizava no país pela primeira vez, para unir a população. O presidente convidou o capitão da equipa sul-africana para uma reunião e incentivou-o a acreditar que podiam ser campeões mundiais. É um filme que mostra um líder com visão, que lidera pelo exemplo, e onde os valores morais, que se regem por princípios universais, são os fatores determinantes para a mobilização das pessoas e a conquista de objetivos. 
Muito se tem escrito sobre os Millennials, a próxima geração de líderes, com diferentes característicasdas gerações anteriores. Lideranças mais hierarquizadas, em que alguém dita ordens de um gabinete, já não fazem sentido (se é que alguma vez fizeram), e com os Millennials, garantidamente, “não pegam”. Esta geração cresceu num mundo em que se respira tecnologia e estar online é algo natural. Procuram um feedback regular, uma progressão rápida na carreira, poder discutir estratégias e ideias, ter flexibilidade em relação ao local a partir do qual trabalham e encontrar um maior equilíbrio entre vida profissional e os projetos pessoais. Deste modo, colocam-se dois grandes desafios às organizações: como reter estes talentos e como formá-los para serem os novos líderes.
Analisando as tendências tecnológicas na aprendizagem, área em que trabalho há mais de duas décadas, há duas que considero que devem ser exploradas para a formação de novos líderes: realidade virtual e gamificação.
A realidade virtual permite-nos criar cenários imersivos que reproduzem situações reais mas em ambiente simulado. Imaginem um cenário de incêndio. O líder, à medida que vai tomando as suas decisões, vai vivendo as consequências das mesmas, tal como um empreendedor que acabou de criar a sua empresa e lida com os desafios de fazer vingar os seus produtos e/ou serviços num mercado globalizado e precisa de motivar a equipa. Numa experiência assim, podemos introduzir a figura do formador com um papel de facilitador no processo de aprendizagem, simulando role plays, em que outros líderes são preparados ao mesmo tempo, e há uma dinâmica coletiva, vivendo a mesma experiência e tomando decisões em simultâneo.
A gamificação da experiência de liderança num contexto real é outra abordagem. Por exemplo, definindo uma missão para cumprir no período de um ano com objetivos bem identificados; com a ajuda de uma equipa de personas, com características distintas para ajudar a trabalhar as skills do líder e premiando-o ao atingir objetivos; com sessões de coaching individualizado, acesso a mais conhecimento sobre temas de liderança, ou acesso a novos desafios.
Ou seja, o que defendo é trazer as dinâmicas de jogo com indicadores reais para premiar e motivar o desempenho de sucesso e para criar poderes no sentido de ajudar a resolver as situações de maior adversidade.

sábado, 4 de março de 2017

O lidér em foco.

A liderança com foco mantém o controlo da agenda, não é a agenda que toma de assalto a liderança.

Ter foco é a qualidade do líder mais desejada e procurada nos tempos que correm. O número de tarefas multiplica-se pelo número de solicitações e o tempo disponível, que é implacável no seu ritmo, não tem privilegiados. Um líder com foco usa o tempo como seu aliado. E faz uma única coisa: a mais importante, à qual deve dar atenção magna, até conseguir terminá-la. Usa o método OHIO (only handle it once, i.e., lida com a tarefa uma única vez: começa e acaba!). O que é da competência do líder, ele processa e com a atenção dirigida nessa direção, mantendo a mente hermeticamente fechada a todo o tipo de distrações. O líder com foco mantém o controlo na sua agenda, não é a agenda que toma de assalto o líder. O líder com foco é o owner/dono do seu planeamento e faz acontecer a um ritmo antecipado.
Portal da Liderança