sexta-feira, 22 de março de 2019

O que o liga à sua organização?

O primeiro mês do ano já passou. Assim sendo, só restam, de uma forma linear e simplista, cerca de 92% do tempo e de recursos para atingir os objetivos estipulados para este ano.
 
Na dinâmica da vida, para muitos, este é o primeiro ano na sua organização, mas, para outros, será a última na organização. Naturalmente, tirando os casos determinados pelas circunstâncias da própria vida (por exemplo, a reforma) muitos deixarão, livremente ou não, a atual organização para procurarem melhores condições, sejam elas de que natureza forem.
Efetivamente, já não vivemos na época do emprego para toda a vida, e muitos fatores contribuíram para o fim dessa época. A velocidade dessa alteração foi tanta que arriscamos a dizer que, em mais ou menos duas gerações, mudou-se o paradigma da ocupação profissional.
Existem várias causas, mas podemos, desde logo destacar um primeiro fator que é a tecnologia, no qual quase tudo assenta hoje em dia.
A evolução recente da civilização humana tem sido marcada por fenómenos que deixam marcas e que mudam paradigmas. No século XVIII tivemos a revolução industrial, mas falando dos nossos dias destacamos a tecnologia a ditar o funcionamento da sociedade e das suas diversas instituições e organizações.
Voltando ao nosso tema, a tecnologia foi, certamente, um dos fatores a provocar a mudança de paradigma e o desaparecimento do conceito de emprego para a vida, principalmente em determinados setores onde robôs e outras máquinas substituíram os homens em tarefas mecânicas e rotineiras. A tecnologia 5G mudará as regras, ao facilitar a internet das coisas (IoT) ou a massificação dos veículos sem condutor, sem falar do blockchain e as suas aplicações.
Mas o fenómeno continua, já não apenas com robôs e máquinas, mas agora o próprio algoritmo – falamos da inteligência artificial – começa a substituir ou a complementar (dependendo da perspetiva) o trabalho intelectual nas mais variadas áreas; finanças, medicina, engenharia civil, jurídica, segurança, etc.
Um segundo fator que, efetivamente, fez mudar esse conceito de emprego para a vida é a própria dinâmica do ciclo económico. Também não restam dúvidas de que os ciclos económicos – grande crescimento seguido de recessão – tiveram a sua influência. Ou seja, os ciclos económicos tornarem-se mais curtos, significa que atualmente se passa de um ciclo de crescimento para um ciclo de recessão mais rapidamente e com implicações ao nível do emprego. Nos ciclos de recessão perdem-se empregos e as pessoas são despedidas ou são forçadas a mudarem de emprego, enquanto que nos ciclos de crescimento podem ser criados mais empregos.
Um terceiro fator que mudou esse paradigma é, sem dúvida, as competências dos colaboradores. Hoje, com a massificação da tecnologia, da informação e do conhecimento, as pessoas têm mais oportunidades de se capacitarem e de evoluírem nas suas ocupações. Creio que todos nós somos testemunhas de pessoas que, com melhor capacitação e melhores competências, conseguiram melhorar a sua condição profissional. Ou seja, melhores competências podem permitir as pessoas terem melhores empregos, e é por isso que se vê alguma mobilidade no mercado do trabalho, quer ascendente, nos ciclos de crescimento, quer descendente, nos ciclos de recessão.
Mas além desses fatores que são válidos, as pessoas também mudam de organização por vontade própria. Por tudo isso tenho a seguinte pergunta: o que o liga à sua organização?
Sabemos que nem todos estão nas respetivas organizações por vontade própria, muitos estão porque as circunstâncias assim obrigam e assim a ligação que as une à organização é ténue. Mas também temos muitos que se dedicam com empenho, com muito brio profissional, não importam as circunstâncias, estão de corpo e alma na organização, podem, eventualmente, até suportar alguma injustiça pressentida, mas a ligação que as une à sua organização é forte. A esses, dedico a minha admiração.
 Texto retirado do LINK TO LEADERS.

sábado, 2 de março de 2019

Resolução para 2019 fazer brilhar os outros


Tornar o trabalho das pessoas que me rodeiam mais visível. Em vez de nos preocuparmos em mostrar o trabalho que fazemos e os objetivos que atingimos, vamos mostrar lá na empresa o trabalho e o sucesso dos outros. Não porque esperamos que os outros façam o mesmo em troca. Sim porque nos permite apresentar uma imagem fantástica de liderança: a imagem de alguém que está mais focado no sucesso dos outros do que no seu próprio sucesso pessoal.

Além de acabar com a auto-promoção, há três outras vantagens em promovermos o sucesso dos outros.

Primeiro, promover o sucesso dos outros cria uma predisposição para a descoberta e a aprendizagem. Leva a que cada um de nós tente descobrir o que é que os outros estão a fazer e que resultados é que os outros estão a atingir.

Segundo, promover o sucesso dos outros faz com que cada um ocupe uma posição central nas redes informais de aprendizagem e aconselhamento. Assim passamos a ser a fonte de informações e novidades sobre o que os outros estão a fazer bem.

Terceiro, promover o sucesso dos outros ajuda-o a criar capital social livre da norma da reciprocidade. A norma da reciprocidade diz que o capital social que cada um de nós tem resulta do que fazemos pelos outros. Por isso precisamos que as outras pessoas nos peçam favores para acumular capital social. Promover o sucesso dos outros torna-nos credores das outras pessoas por nossa própria iniciativa.

Claro que estas três razões são a justificação egoísta e calculista para fazer brilhar os outros. Eu prefiro tornar o trabalho dos outros visível porque é o que eu acho correcto e certa e porque de vez em quando encoraja os outros a dar o seu melhor. Sempre fui e sempre serei mais um elemento da equipe e sempre para ajudar e somar, pois nas empresas de hoje, juntos seremos sempre muito mais Fortes, e assim se cresçe!!!

Bom 2019!