domingo, 16 de abril de 2017

Há mais empreendedores do que nunca!


“Nada é permanente, exceto a mudança”. E o mundo dos negócios é um excelente exemplo deste adágio: outrora predominantemente masculino, é cada vez mais dominado por líderes no feminino. Evidência que é por demais visível nas cinco tendências que se seguem.
1. As mulheres estão a dar o salto
Os negócios liderados no feminino competem cada vez mais com as empresas de grande dimensão. E se no passado, nos átrios ou salas de espera, era usual as mulheres sentarem-se em frente a um mar de engravatados, hoje já não é bem assim. Não só as empresas geridas por elas recebem mais pedidos de propostas de negócio, o que significa que estão a competir no mercado, como os fatos e gravatas já não são em tão grande número por comparação com apenas há uma década.
2. As empresas querem diversidade
Cada vez mais organizações, sobretudo aquelas que estão cotadas em bolsa, atribuem uma percentagem dos seus contratos a colaboradores com “diversidade”. O termo costumava ser “minoria”, que entretanto foi atualizado. Esta é uma tendência positiva, que por sua vez leva a que mais mulheres apostem num negócio e na criação de empresas.
3. O lado feminino é assumido
Se se tem, porque não exibir? Ao longo dos tempos os homens têm utilizado o seu clube de rapazes para mover influências – negócios feitos no campo de golfe, num clube só para eles ou em torno de uma garrafa de uísque e de um bom charuto. Já quando as mulheres recorrem ao seu lado feminino tendem a ser criticadas por o fazer. Somos todos humanos, como tal, a sexualidade será sempre um fator subjacente no modo como somos apercebidos. Tal resulta num jogo psicológico que elas têm agora a possibilidade de vencer ao assumirem a astúcia feminina. A intuição de uma mulher raramente está errada e é algo que os homens pura e simplesmente não têm. As mulheres são mais frontais, conseguem “ler” o ambiente que as rodeia, e têm uma confiança polida e paixão quando usam a dita “sexualidade” – sem ultrapassar limites, claro.
4. Há mais empreendedoras do que nunca
Nos EUA, por exemplo, mais de 9,4 milhões de empresas pertencem a mulheres, empregando cerca de 7,9 milhões de pessoas e gerando 1,5 triliões de dólares (dados de 2015). As organizações propriedade de mulheres (51% ou mais) representam 31% das companhias de capital privado e contribuem para 14% da taxa de emprego e 12% das receitas. Estes números devem aumentar exponencialmente ano após ano, e a esperança é que estas empresas contratem mais mulheres para que a tendência permaneça e equilibre uma contabilização historicamente masculina.
5. Os decisores reconhecem o valor delas
As mulheres tomam decisões diariamente. Por exemplo, quando pergunta a um homem sobre os sapatos que tem calçados, por norma a resposta é “pretos”, enquanto uma mulher dir-lhe-á o estilo, o preço, e, provavelmente, se são de boa qualidade ou não. As mulheres fazem o trabalho de casa quando se trata de decisões de compra, o que faz sentido, uma vez que efetuam 70 a 80% de todas as decisões de consumo para si mesmas, para as suas empresas e os seus agregados familiares. Além de que 80% das mulheres estão em algum tipo de rede social, o que significa que funcionam como influenciadoras de decisões de compra de outras mulheres. E o mundo corporativo já percebeu que, se o target do seu produto ou serviço é feminino, talvez seja boa ideia contratar uma empresa gerida por uma mulher no sentido de ter a perspetiva de... uma mulher.
Estas são tendências que estão a consolidar-se na vida e na cultura empresariais diárias. E embora as mulheres não estejam ainda “lá”, estas tendências são grandes indicadores de que elas estão, de facto, a percorrer o caminho a passos largos para tomar conta do mundo dos negócios – do alto de uns fabulosos pumps!
Fonte: Inc.com

sábado, 8 de abril de 2017

Os líderes bem-sucedidos alavancam as equipas de 5 formas


Não há dois líderes iguais.
Mas hexistem cinco tipos de comportamentos/ações comuns a todas as chefias de excelência e que geram novos e excitantes linhas de pensamento nas suas organizações.

A necessidade de
inovar é maior que nunca. Mas como podem os líderes e executivos atuar no sentido de ampliar a criatividade nas suas empresas? Sydney Finkelstein – professor de Gestão e diretor do Centro de Liderança da Tuck School of Business, Dartmouth College (EUA), consultor e autor de oito livros, entre os quais “Why Smart Executives Fail” e “Superbosses” – estudou nos últimos dez anos a forma como os melhores líderes do globo criam “ambientes maravilhosamente férteis que alimentam as inovações que sacodem a indústria”. O docente refere, num artigo na Entrepreneur, que não há dois chefes exatamente iguais, no entanto “a minha pesquisa revela cinco ações que todas as grandes chefias do mundo realizam para gerar um novo e excitante pensamento nas suas organizações”. E que são:  
1. Promovem a inovação
Este potenciar da
inovação é feito sobretudo com o eliminar das ansiedades que muitas vezes impedem as pessoas de tentar coisas novas. O produtor e realizador de cinema Roger Corman era conhecido por permitir que os seus atores improvisassem em frente às câmaras. Sem o patrão sempre em cima dos funcionários, estes sentem-se mais à vontade para arriscar e fazem-no com maior frequência. Por norma, os grandes líderes confiam nos seus colaboradores e acreditam no seu talento, o que lhes permite sentirem-se seguros o suficiente para tentarem algo de novo. Quando e se os funcionários falham, estes líderes de excelência enquadram a situação como uma oportunidade disfarçada.  
2. Incitam os trabalhadores a não descansarem sobre os louros
Conan O’Brien, comediante e apresentador de um talk show nos EUA, diz que “temos a sensação de que o show é quase como um tubarão que está numa missão constante para encontrar o que há de novo, o que é excitante, o que interessa às pessoas. E ferra os dentes na coisa”. Esta procura proativa do que é novidade foi sempre intencional, estimulada pelo produtor do programa de comédia “Saturday Night Live”, Lorne Michaels. Este afirmou que “o show tem de mudar. Eu sei que é suposto ser “tem de continuar” [“the show must go on”], mas “tem de mudar” também é importante”. 
3. Exploram oportunidades para adaptarem os seus negócios
Os grandes líderes agarram as ideias novas e promissoras assim que estas surgem. De início
Norman Brinker (1931-2009), fundador das cadeias americanas de restauração Steak and Ale e Bennigan’s e impulsionador da insígnia Chili’s, tinha a ideia de criar um conceito de restaurante mediterrânico que combinasse as características da boa comida com o fast food. Mas então viu o filme “Tom Jones” (1963) e ficou hipnotizado por uma cena em que duas personagens jantam numa taverna inglesa do séc. XVIII. E pensou que aquele cenário seria um ambiente mais apelativo. Então deixou de lado o tema do Mediterrâneo e construiu o primeiro restaurante Steak & Ale. As empresas empreendedoras são geralmente as que dão um passo mais à frente, isto porque os líderes dos negócios já estabelecidos tendem a favorecer a estabilidade em detrimento da mudança. E esta é uma fórmula perdedora. 
4. Estão sempre à procura da próxima grande inovação
Quando
Mickey Drexler, CEO da marca de moda e acessórios J. Crew, dá palestras a estudantes, não partilha apenas sabedoria – aproveita a ocasião para realizar focus groups informais. “O que pensa do nosso produto X?”, pergunta a um estudante que enverga um artigo da marca. “Onde comprou? Pensa que combina bem com as nossas calças? Quantos dos seus amigos têm este produto?”. Ou seja, está sempre à procura de informação e novas formas de a J. Crew melhorar o que vende e como vende.  
5. Encorajam que se corra riscos e quebre as regras
Não querem apenas que os seus colaboradores corram
riscos, eles próprios assumem riscos. Quando Greg Cook, quarterback da equipa de futebol americano Cincinnati Bengals, foi posto fora de ação na década de 1980, o conhecido treinador da NFL, Bill Walsh (1931-2007), na altura técnico assistente, criou todo um novo esquema ofensivo; dado que a equipa já não podia contar com o talento e a capacidade física de Greg Cook, a nova abordagem de Walsh enfatizou a mobilidade, precisão e inteligência – tudo pontos fortes do quarterback acabado de sair. E o risco valeu a pena: o novo sistema impulsionou a equipa para o seu primeiro título na divisão. O episódio passou ainda uma mensagem a todas as contratações posteriores de Bill Walsh: quando se trata de pensamento inovador, vale tudo no jogo.  
Não há nenhuma fórmula para adivinhar a próxima grande ideia, mas se há algo que o líder pode fazer é desenvolver uma série de hábitos que aumentam as hipóteses de potenciar a capacidade de inovar. Enquanto líder, pode definir o cenário para o pensamento criativo, tomar medidas para se certificar de que, quando a próxima grande ideia surgir, está pronto para a agarrar. Como diz Sydney Finkelstein, é assim que fazem os grandes chefes do globo. E é assim que também podia tentar fazer. 
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