Ao
tentarmos manter o trabalho e a vida familiar separados podemos estar a ficar
ainda mais stressados – tentar integrar as
duas vertentes é a melhor estratégia para encontrar o equilíbrio e ter maior
eficácia, sugerem os investigadores responsáveis pela pesquisa, realizada
junto de mais de 600 trabalhadores nos EUA.
Os
cientistas afirmam que, “no geral, os resultados obtidos sugerem que a
integração, em vez da segmentação, pode ser a melhor estratégia de gestão” da
separação das águas “a longo prazo para minimizar a esgotante auto regulação”,
enquanto permite atingir “níveis mais altos de desempenho nas inevitáveis transições entre o trabalho e a
família”.
É muito mais difícil alternar entre o papel desempenhado no emprego e o papel
que temos em casa se tentarmos mantê-los completamente separados, indica a
pesquisa. Estarmos envolvidos de forma ativa num papel enquanto pensamos no
outro designa-se de “transição cognitiva” – quanto maior for a separação
entre os papéis maior será a transição. E é este tipo de transições que pode
causar stress, bem como enfraquecer o
nível de energia, uma vez que se tenta banir os pensamentos relacionados com o
outro papel para se concentrar na tarefa que tem em mãos. Por exemplo, pode
estar sentado à secretária quando de repente lhe ocorre que tem de ligar para a
escola do seu filho. A tentativa de afastar o pensamento e de se concentrar no
trabalho vai resultar num aumento de stress, enquanto reduz a capacidade de
concentração.
Os
investigadores sugerem que os empregadores deveriam permitir que os
funcionários integrem a vida pessoal na profissional, e vice-versa. “No longo
prazo, pode ser melhor permitir que os trabalhadores tratem de assuntos
pessoais e recebam telefonemas ocasionais de casa, em vez de configurar
políticas que estabelecem limites rígidos”.
E
se a maioria das pessoas procura ter um equilíbrio entre a vida profissional e
a pessoal, há nacionalidades que estão mais perto de o conseguir que outras. De
acordo com o Better Life Index,
da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a
Dinamarca é o país com o melhor equilíbrio entre a vida familiar e o emprego
nas 20 nações da OCDE analisadas. A maioria dos trabalhadores em solo
dinamarquês não trabalha longas horas seguidas, e as políticas governamentais
apoiam as famílias com crianças pequenas, permitindo que as pessoas equilibrem
o trabalho com a vida doméstica. O top 10 deste índice é composto pela Espanha,
no 2.º lugar, pelos Países Baixos no 3.º, seguidos pela Bélgica, a Noruega, a
Suécia, a Alemanha, a Rússia, a Irlanda, e o Luxemburgo na 10.ª posição.
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