A sustentabilidade tem cada vez mais importância, e à
medida que os edifícios e espaços se tornam mais conetados, é cada vez mais
fácil dar resposta à necessidade crescente de maximizar a eficiência
energética. No caso dos escritórios, existem formas muito específicas de o
conseguir.
A vasta maioria dos programas e iniciativas de
eficiência energética em edifícios resultam na redução de custos – esta é,
aliás, o principal fator que leva as empresas a adotá-los. Mas as suas
vantagens vão para lá do financeiro: a otimização de sistemas de HVAC permite
aos ocupantes um maior nível de conforto e, portanto, de produtividade. Por
último, reduzir a pegada de carbono tem definitivas vantagens em termos de
marketing e branding.
Usar dispositivos IoT para reduzir o
consumo energético
As organizações estão a recorrer a dispositivos e
sensores dispersos pelas suas instalações para monitorizar e controlar o
ambiente e sistemas (como a iluminação, climatização, etc) para otimizar a
sua eficiência energética, poupar dinheiro e reduzir a sua pegada de carbono,
tudo ao mesmo tempo que aumentam o conforto dos ocupantes.
Renovar com a eficiência energética em
mente
Mesmo sem recorrer a soluções mais sofisticadas como
IoT, grande parte dos custos de energia de um edifício podem ser cortados ao
substituir equipamento obsoleto por opções mais modernas e energeticamente
eficientes, em particular no que toca a à climatização. O aquecimento,
ventilação e ar condicionado são responsáveis por grande parte da pegada de
carbono dos edifícios e, portanto, um bom sítio para começar, especialmente
com a adição de isolamento térmico ao edifício, permitindo controlar a
temperatura mais eficientemente.
Incorporar energias renováveis
Outra forma das organizações se tornarem
energeticamente mais eficientes é integrar fontes renováveis como painéis
solares para suplementar o seu fornecimento energético e reduzir a sua
dependência de combustíveis fósseis. Estas são particularmente eficazes
quando unidas ao armazenamento de energia integrado com inteligência
artificial, de forma a reduzir tanto o consumo energético como o custo do
mesmo. Ao armazenar anergia quando o consumo é baixo e o preço é menor para
usar quando necessário é possível minimizar os gastos em eletricidade, e
armazenar energia durante os picos de produção renovável do próprio edifício
quando esta não está a ser utilizada minimiza a dependência da rede elétrica
externa.
Gerir o espaço de trabalho
Modelos como espaço partilhado e hot-desking permitem
maximizar o aproveitamento da área disponível. Isto é possível ao reduzir o
espaço necessário por pessoa, eliminando o conceito de pertença de um
determinado espaço a determinada pessoa para que todas as estações de
trabalho estejam em utilização independentemente dos horários: quando alguém
estiver de folga, fora do escritório ou numa reunião prolongada, o seu
assento é cedido a outra pessoa, e um novo ser-lhe-á atribuído quando voltar.
Isto é conseguido ao combinar sensores (para deteção de ocupação) com
integração de sistemas e software de gestão específico, geralmente acedido
através de uma aplicação móvel.
Optimizar a climatização
Garantir a máxima eficiência dos sistemas de climatização
é meio caminha andado para a sustentabilidade e eficiência energética de um
edifício ou espaço. Isto pode envolver, por exemplo, minimizar o seu uso ao
integrá-los com sensores de ocupação, luminosidade e temperatura e
coordená-los com estores automáticos para manter um ambiente confortável de
forma o mais eficiente possível. Em edifícios com data centers é possível
usar a água usada no arrefecimento de servidores para aquecer o edifício. É
também possível aproveitar o excedente de produção de energia renovável para
produzir gelo, que será então usado no ar condicionado.
Cultura
empresarial.
Educar os colaboradores sobre melhores práticas e
informá-los sobre iniciativas de sustentabilidade é essencial para que estas
sejam eficazes. As pessoas precisam de saber exatamente qual é o seu papel no
assunto e a importância do mesmo para seguirem verdadeiramente as diretivas
que lhes são impostas. Uma possível forma de envolver toda a gente é criar um
sistema de objetivos e recompensas para departamentos que mais reduzam a sua
pegada de carbono.
Monitorizar o consumo energético
Existem várias empresas que oferecem serviços de
monitorização de energia para empresas. A Verdigris, por exemplo, tem uma
combinação de software e hardware que identifica e cria uma ‘impressão
digital energética’ para cada dispositivo do edifício, e ajuda proprietários e
operadores de instalações a identificar e reduzir desperdício de energia. A
startup americana GridLion combina hardware, software e consulturia
estratégica para ajudar a optimizar a eficiência energética de edifícios
comerciais.
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