O líder não tratar
os colaboradores com consideração e respeito já é mau o suficiente. Mas há algo
ainda pior – a liderança inconstante.
Pense no superior
hierárquico com o qual menos gostou de trabalhar – é provável que tivesse um
mau hábito (ou mais) que fez com que tivesse dificuldade em lidar diretamente
com ele/a. Mas há ainda pior do que qualquer má atitude de que nos lembremos,
de acordo com pesquisa recente – a inconsistência, ou seja, os líderes
imprevisíveis.
Num estudo realizado em 2015 a Harris Interactive pediu aos participantes que revelassem coisas que os patrões tivessem feito que os tenham levado à loucura – e assim se reuniram nove tipos de mau comportamento por parte das chefias. Mas um estudo recente deparou com um tipo de comportamento ainda pior – e é algo que os funcionários nem sequer identificam por si próprios. Primeiro, vamos ao top 9 das más atitudes de que os trabalhadores se queixam na pesquisa Harris. Em seguida passamos para o mau hábito mais surpreendente que um superior hierárquico pode exibir.
Num estudo realizado em 2015 a Harris Interactive pediu aos participantes que revelassem coisas que os patrões tivessem feito que os tenham levado à loucura – e assim se reuniram nove tipos de mau comportamento por parte das chefias. Mas um estudo recente deparou com um tipo de comportamento ainda pior – e é algo que os funcionários nem sequer identificam por si próprios. Primeiro, vamos ao top 9 das más atitudes de que os trabalhadores se queixam na pesquisa Harris. Em seguida passamos para o mau hábito mais surpreendente que um superior hierárquico pode exibir.
1.º
Não pergunta sobre a minha vida fora do trabalho (23%)
Este tipo de comportamento sugere uma falha em reconhecer que os funcionários são realmente pessoas – em vez de apenas nomes no organigrama.
Este tipo de comportamento sugere uma falha em reconhecer que os funcionários são realmente pessoas – em vez de apenas nomes no organigrama.
2.º
Não fala comigo por telefone (ou pessoalmente) (34%)
O que sugere uma falta de interesse ou de flexibilidade.
O que sugere uma falta de interesse ou de flexibilidade.
3.º
Não sabe o meu nome (36%)
Este é quase autoexplicativo, reflete uma falta de cuidado/atenção.
Este é quase autoexplicativo, reflete uma falta de cuidado/atenção.
4.º
Não faz uma crítica construtiva (39%)
Aqui pode significar tanto falta de feedback como falta de tato ao dar feedback negativo ou neutro.
Aqui pode significar tanto falta de feedback como falta de tato ao dar feedback negativo ou neutro.
5.º
Fica com o crédito das ideias dos outros (47%)
O mau hábito sugere completa falta de liderança e ética ou incapacidade de comunicar de forma eficaz.
O mau hábito sugere completa falta de liderança e ética ou incapacidade de comunicar de forma eficaz.
6.º Recusa
falar com os subordinados (51%)
Comportamento que revela arrogância, e potencial desorganização.
Comportamento que revela arrogância, e potencial desorganização.
7.º
Não tem tempo para se encontrar com os colaboradores (52%)
Indica falta de cuidado, incapacidade de comunicar bem.
Indica falta de cuidado, incapacidade de comunicar bem.
8.º
Não dá indicações claras (57%)
Sugere falta de competências de comunicação ou falta de visão.
Sugere falta de competências de comunicação ou falta de visão.
9.º
Não reconhece as realizações dos trabalhadores (63%)
O mau comportamento aqui é óbvio – ninguém gosta de ser desvalorizado.
O mau comportamento aqui é óbvio – ninguém gosta de ser desvalorizado.
Estes maus hábitos
fazem todos sentido, mesmo que alguns sejam um pouco semelhantes. Mas há outro
comportamento que um estudo mais recente denota – e que os inquiridos da
primeira pesquisa nem sequer identificam; é um tipo de atitude que só se tornou
evidente quando investigadores independentes observaram esses mesmos respondentes
e perceberam o que se passava. E que é: “o
meu chefe é inconsistente”.
Se é
para se ser mau, que o seja de forma consistente
Os funcionários sofrem um maior impacto negativo no seu bem-estar e na produtividade quando o mau comportamento do chefe é inconstante, por oposição a uma má atitude consistente. “Seria de pensar que quanto maior equidade, melhor. Mas não é bem assim. É melhor que os supervisores sejam sempre maus, de forma consistente, do que serem justos às vezes e injustos noutras. As pessoas querem saber o que podem esperar quando vão trabalhar”, refere Fadel Matta, investigador principal do estudo da Universidade de Michigan, ao jornal "The Washington Post".
A pesquisa foi dividida em duas fases. A primeira consistiu numa experiência em laboratório, em que estudantes universitários foram ligados a monitores cardíacos e orientados para executar uma tarefa cognitiva (estimarem o preço das ações de uma empresa hipotética). Um terço dos estudantes recebeu feedback positivo. A outro terço foi dito que estavam a ter um fraco desempenho (com frases negativas como “tudo o que posso dizer é que desejava trabalhar com outra pessoa” ou “é chato trabalhar com uma pessoa desmotivada”). Outro terço obteve uma mistura dos dois tipos de reação – algum reforço positivo combinado com feedback negativo. Os que receberam retorno positivo tiveram melhores resultados; mas não foram os que tiveram feedback negativo que tiveram pior desempenho – foram aqueles que receberam as mensagens contraditórias.
Os funcionários sofrem um maior impacto negativo no seu bem-estar e na produtividade quando o mau comportamento do chefe é inconstante, por oposição a uma má atitude consistente. “Seria de pensar que quanto maior equidade, melhor. Mas não é bem assim. É melhor que os supervisores sejam sempre maus, de forma consistente, do que serem justos às vezes e injustos noutras. As pessoas querem saber o que podem esperar quando vão trabalhar”, refere Fadel Matta, investigador principal do estudo da Universidade de Michigan, ao jornal "The Washington Post".
A pesquisa foi dividida em duas fases. A primeira consistiu numa experiência em laboratório, em que estudantes universitários foram ligados a monitores cardíacos e orientados para executar uma tarefa cognitiva (estimarem o preço das ações de uma empresa hipotética). Um terço dos estudantes recebeu feedback positivo. A outro terço foi dito que estavam a ter um fraco desempenho (com frases negativas como “tudo o que posso dizer é que desejava trabalhar com outra pessoa” ou “é chato trabalhar com uma pessoa desmotivada”). Outro terço obteve uma mistura dos dois tipos de reação – algum reforço positivo combinado com feedback negativo. Os que receberam retorno positivo tiveram melhores resultados; mas não foram os que tiveram feedback negativo que tiveram pior desempenho – foram aqueles que receberam as mensagens contraditórias.
Ao
menos deixe-me saber o que esperar
Em separado, cerca de 100 trabalhadores e os seus chefes foram convidados a preencher inquéritos ao longo de três semanas. Os funcionários foram testados quanto à sua perceção de justiça, e as chefias em relação à sua capacidade de manter o autocontrolo. “Mais uma vez”, de acordo com o Post, “os colaboradores com os líderes imprevisíveis eram mais propensos a ser stressados, insatisfeitos com os seus empregos e emocionalmente exaustos que aqueles que disseram que foram sempre tratados de forma injusta”.
Em separado, cerca de 100 trabalhadores e os seus chefes foram convidados a preencher inquéritos ao longo de três semanas. Os funcionários foram testados quanto à sua perceção de justiça, e as chefias em relação à sua capacidade de manter o autocontrolo. “Mais uma vez”, de acordo com o Post, “os colaboradores com os líderes imprevisíveis eram mais propensos a ser stressados, insatisfeitos com os seus empregos e emocionalmente exaustos que aqueles que disseram que foram sempre tratados de forma injusta”.
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